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Escola do Rio (foto de arquivo) — Foto: Reprodução/ TV Globo
As escolas particulares do município do Rio de Janeiro seguem sem prazo definido para reabertura. O presidente do Tribunal de Justiça, Cláudio de Mello Tavares, negou nesta quinta-feira (17) o pedido de suspensão de segurança feito pela prefeitura do Rio.
Cláudio de Mello alegou que o caso está pendente no Supremo Tribunal Federal e também porque o município não apresentou nenhuma prova de que criou padrões de segurança sanitária para alunos, professores e funcionários.
Em sua decisão, o presidente do TJ destaca ainda que a suspensão de segurança “é aquilo que os médicos chamam de remédio heróico, um remédio para situações desesperadas e extraordinárias, próprio para ser empregado exatamente contra decisão judicial, nas ações movidas contra o Poder Público ou seus agentes, no caso de manifesto interesse público ou de flagrante ilegitimidade, para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia pública”.
Mesmo com determinação da Justiça para que as escolas permaneçam fechadas, algumas instituições de ensino já voltaram a funcionar.
Pais e especialistas divididos
Pais, alunos e escolas ainda estão confusos. O infectologista Roberto Medronho, da UFRJ, teme a contaminação.
“O nosso grupo de trabalho emitiu uma nota técnica contrária ao retorno. Estudos têm mostrado que as crianças podem ser multitransmissoras, e isso pode contaminar funcionários, professores e também os seus familiares”, pontuou.
Já o também infectologista Alberto Chebabo diz que o ensino é uma “atividade essencial e importante para o desenvolvimento das crianças”.
“No momento que a cidade vive o processo de flexibilização, as crianças já estão sendo expostas de alguma forma a atividades que já estão ocorrendo”, argumentou.
“A volta das escolas é uma atividade essencial que deve voltar a ocorrer com toda a segurança. A escola deve ter protocolos rígidos, de distanciamento”, frisou.