Paulo Freire e o Serviço Social

Publicado: 22 noviembre 2020 a las 7:00 pm

Categorías: Artículos

Por: Laís Melo de Andrade 

Slobodan Dimitrov

Primeiramente, gostaria de lembrar que o Serviço Social caminha ao lado da justiça social, dos direitos que cada cidadão tem baseado na equidade e no empoderamento. Assim justificado, fica mais compreensível entender a grande importância de Paulo Freire para Serviço Social. Deste modo, se olharmos para a trajetória dele, observaremos que não se trata só da questão educacional, mas, sim, na amplitude do ser humano evocando seus saberes e emancipação social.

Em 1947, Paulo Freire inicia suas ações na Divisão de Educação e Cultura do SESI (Serviço Social da Indústria), no qual trabalhou como diretor do setor de educação e cultura e, posteriormente, iniciando o projeto de educação para adultos. Contudo, os pensamentos e ações de Paulo Freire começam também a influenciar as várias questões do Serviço Social.

Em 1960, o Movimento de Reconceituação buscava a ruptura das práticas tradicionais e a intervenção do assistente social para uma nova legitimidade, caminhando para conscientização das classes sociais e mobilizações, criando uma visão totalmente voltada para a realidade social do Estado brasileiro.

A reconceituação na verdade é de reconstrução do assistente social dentro da realidade social pautada na ética, na responsabilidade social, fora de qualquer visão engessada, religiosa e elitista, dentro da proposta de intervenção surge a reatualização da profissão, que na prática o assistente social começa a agir racionalmente e burocraticamente.

A relação do Serviço Social e Paulo vem do SESI e de várias outras participações como o “ II Encontro das Escolas do Nordeste de Serviço Social” em 1964, no qual Paulo Freire participa como convidado na mesa de abertura, o que significa muito para os profissionais da categoria.

Paulo Freire e o Serviço Social têm muito em comum, quando se trata do homem sujeito da sua própria trajetória, como, por exemplo: ele usava a realidade do aluno para estabelecer o aprendizado, a alfabetização, e o serviço social da voz e espaço, apresenta os direitos que cada pessoa tem, estabelecidos por lei, e impulsiona ir em busca deles, assim também, costuma-se falar “ensine a pescar e não dê o peixe”, dando a alusão a emancipação, como inovação social.

Uma prova disso é em “Medo e ousadia: o cotidiano do professor”, publicado em 1986, no qual Freire expõe em sua literatura que a classe social dominada possa se empoderar, buscando a própria liberdade, como uma saída da zona de (des)conforto, pois a libertação é um ato social, ou até um movimento.

Freire (1986), reconhece o empoderamento das classes dominadas como um advento a liberdade da dominação e consciência do processo histórico de que a educação é uma das muitas frentes de luta. O Serviço Social tenta esclarecer a consciência de classe social e a força que cada cidadão tem através dos seus direitos civis e sociais, no comprometimento da transformação social.

Fonte do artigo:

http://pensaraeducacao.com.br/pensaraeducacaoempauta/paulo-freire-e-o-servico-social

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